quarta-feira, 18 de abril de 2012

Avaliação-Produção Textual -Gênero Conto Tradicional


ESCOLA DE ENSINO INFANTIL E FUNDAMENTAL CAPITÃO ANTONIO JOAQUIM
AVALIAÇÃO BIMESTRAL – PRODUÇÃO TEXTUAL – 6º ANO
ALUNO: ________________________  DATA: ___/___/___   Nº _____
1.Observe bem as imagens e numere as cenas de acordo com a ordem dos acontecimentos. Em seguida escreva um pequeno texto (em parágrafos) de aproximadamente vinte linhas contando a história. Lembre-se que, se você quiser, pode dar voz às personagens, ou seja, pode escrever a fala delas (nesse caso deve usar travessão). Mas você é quem manda, faça seu texto como achar melhor. Ah, não esqueça de dar um título interessante a sua história. Bom trabalho!

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Sequência Didática-Gênero Poema


LÍNGUA PORTUGUESA – SEQUÊNCIA DIDÁTICA
6º ANO
GÊNERO TEXTUAL: POEMA
OBJETIVO:
- Despertar para o fazer poético no mundo através das habilidades de audição, leitura, compreensão, interpretação, declamação e produção de poemas.
CONTEÚDO: Poema/poesia, rima, verso, estrofe, sonoridade - Recursos da linguagem poética.
TEMPO: 06 aulas
MATERIAIS NECESSÁRIOS:
-Livros de poesias/poemas (podem ser os da coleção Literatura em minha casa); história em quadrinhos
ORGANIZAÇÃO DA SALA:
- As discussões acontecerão no grupão e em pequenos grupos.

AULA 01.
OBJETIVO: Construir o conceito de poema e despertar para o fazer poético.
ESTRATÉGIAS
-Ativação do conhecimento prévio. Questionamentos: Vocês já leram ou ouviram alguém ler um poema/poesia? O que acharam? Quem escreve poemas é o/a... 
-Exposição de imagens de poetas (Cecília Meireles, José Paulo Paes, Manuel Bandeira) e suas biografias para serem lidas em sala. (Apenas as informações mais relevantes)
-Propor aos alunos a organização de um mural que será construído aos poucos, à medida que as aulas forem acontecendo. De imediato serão colocadas as imagens dos poetas e as biografias
- O título para o painel pode ser escolhido quando os alunos fixarem algumas de suas poesias. (momento em que se pode discutir com os alunos que eles também podem ser poetas)
-Discussão no grupão- O que é poesia?
- O que move alguém a fazer um poema? Vocês já escreveram poemas? Em que uma entrevista é diferente de um poema?
Poesia e Poema querem dizer a mesma coisa?
-Esclarecimento sobre o que é poesia e poema. 
Veja o texto retirado de: http://www.poesiaspoemaseversos.com.br/diferenca-entre-poema-poesia-e-verso/

Qual a diferença entre poema e poesia? O que é o verso? E estrofe?

Poema – obra (texto) em verso, poema é a organização, estrutura das palavras. Existe por si mesmo, independente de quem o lê.
Poesia – qualidade poética de um texto ou obra de arte ou situação. Pode haver poesia num por de sol, por exemplo. A poesia está em quem a sente. Filosoficamente, não existe independentemente de alguém que a sinta.
Verso – cada linha de um poema.
Estrofe - cada uma das seções que constituem um poema. Isto é, cada agrupamento de versos, separadas por uma linha em branco.
- Para clarificar melhor os conceitos utilize como base o poema de José Paulo Paes, "Convite", no qual o autor explica o que é poesia. Aproveite para exemplificar o que é verso e estrofe. 

Em seguida, o professor lerá para ao alunos o famoso poema de Cecília com bastante expressividade.
-Antes de começar a leitura, pergunte para a classe se eles sabem qual é o tema do poema “Motivo”, de Cecília Meireles.

Motivo

Eu canto porque o instante existe
e a minha vida está completa.
Não sou alegre nem sou triste:
sou poeta.
Irmão das coisas fugidias,
não sinto gozo nem tormento.
Atravesso noites e dias
no vento.
Se desmorono ou se edifico,
se permaneço ou me desfaço,
- não sei, não sei. Não sei se fico
ou passo.
Sei que canto. E a canção é tudo.
Tem sangue eterno a asa ritmada.
E um dia sei que estarei mudo:
- mais nada.

Cecília Meireles

-Reforce os conceitos trabalhados anteriormente: poema, poesia, verso, estrofe.
*Para compreender melhor a relação que a poetisa estabelece entre canção e poesia:
-Pedir aos alunos para observarem que Cecília Meireles chama seu poema de canção”
- Pergunte aos alunos se sabem qual é essa relação. Pergunte o que o poema tem de parecido com uma canção. (som, rima)
(Explique aos alunos que antigamente, na Idade Média, os poetas, chamados de trovadores compunham seus poemas  para serem cantados. Eram os cantadores medievais. Por isso, por vezes, quando lemos um poema, ele mais parece uma música, pois tem uma relação muito forte com esta, visto que a sonoridade, as rimas permaneceram nos poemas mesmo que não sejam mais cantados).
-Conversar sobre o texto no grupão: o que entenderam, o que sentiram, pedindo que justifiquem seus posicionamentos diante do texto sem desconsiderar nenhuma resposta.
-Forneça questões que vão ajudar os alunos a compreender melhor o texto. Peça que, em duplas, eles respondam as questões no caderno. Eis algumas:
1. Explique por que o poema se chama Motivo”.
2. Por que a poetisa diz “Eu canto”?
3. A poetisa diz que sua canção é tudo. O que poderia ser essa canção? Por que ela é tudo?
4. A poetisa usa palavras no masculino como se quem estivesse falando no poema fosse um homem. Quais são essas palavras? Será que essa palavra faz referência apenas a quem é do sexo masculino?
5. Qual é o motivo, a razão de tudo na vida do eu lírico do poema? Justifique sua resposta, citando algum verso do poema.


AULA 02.
OBJETIVO: Desenvolvimento da capacidade de ouvir, ler, compreender o que possivelmente dizem os poemas.
-ESTRATÉGIAS:
-Perguntar aos alunos quais as brincadeiras que gostam ou gostavam quando criança? Quais os brinquedos preferidos ou que preferiam?
-Previamente, falar para os alunos que irão ouvir um poema de José Paulo Paes “Convite”, que propõe uma forma diferente de brincar.
-Pergunte que brincadeira diferente eles pensam que seja.
Vamos ao poema.

CONVITE

Poesia
é brincar com palavras
como se brinca
com bola, papagaio, pião.

Só que
bola, papagaio, pião
de tanto brincar
se gastam.

As palavras não:
quanto mais se brinca
com elas
mais novas ficam.

Como a água do rio
que é água sempre nova.

Como cada dia
que é sempre um novo dia.

Vamos brincar de poesia?

PAES, José Paulo. Quem, eu? São Paulo: Atual,
1996.

 ATIVIDADE ESCRITA (EM DUPLA):
-Qual o tema do poema Convite de José Paulo Paes?
-Por que para o poeta poesia é brincar com as palavras como se brinca de bola, papagaio, pião?
-Por que brincar de bola, papagaio, pião é diferente de brincar com as palavras?
-Você já brincou de poesia? Já usou as palavras para fazer poesia?
- Você saberia dizer por que o poema se chama CONVITE?

AULA 03.
OBJETIVO Compreender os elementos do poema: rima (ou ausência desta), verso, estrofe e jogos sonoros (aliteração, assonância)
ESTRATÉGIA:
-Retomada do poema de Paes “Convite”
-Leitura seguida de observação da estrutura: versos e estrofes, sonoridade.
-Após esse momento, falar para os alunos que irão ouvir a leitura oral do poema Trem de Ferro, de Manuel Bandeira.
-Sugerir a divisão da turma em grupos e, cada um, fará a leitura de uma estrofe de modo bem expressivo.
-Diálogo sobre o que compreenderam, perceberam, sentiram.
-Releitura das passagens que contêm assonância (repetição de sons vocálicos), aliteração (repetição de sons consonantais, sem, contudo, usar esses termos com os alunos).
-ATIVIDADE INDIVIDUAL:
- Releitura do poema de José Paulo, onde o aluno, agora, é o autor. O aluno irá dizer o que entendeu que seja poesia, utilizando como modelo o poema de Paes.
- Pedir aos alunos que primeiro pensem no que irão escrever, façam um rascunho, por último passem o poema para a folha a ser entregue. Comunicar-lhes que os textos serão recitados na escola em uma apresentação futura.
Poderá utilizar o mesmo título ou criar outro, assim:

CONVITE
Poesia é...

-O professor fará a exposição de alguns textos no mural e guardará os demais para uma possível reescrita.
A essa altura, o mural já pode ter seu nome escolhido.

AULA 04.
OBJETIVO: realizar a leitura expressiva, buscar a compreensão da linguagem poética e a estrutura do poema.
-Distribuição dos alunos em pequenos grupos (3 membros)
-Distribuição de livros de poesia para os alunos. Estes deverão escolher uma poesia para que um dos membros realize a leitura expressiva para a turma; um outro possa expressar o que o  grupo compreendeu; um terceiro dirá quantos versos e estrofes compõem o poema.
-Se achar necessário o professor pode lançar perguntas aos alunos.
ATIVIDADE DE INTERAÇÃO COM A LINGUAGEM POÉTICA.
-Entregar para os alunos dois poemas sem seus títulos para que deem um título a cada um de acordo com o que entendem que o poema trata. Após essa etapa entregar aos alunos os títulos originais para encontrem o que corresponde a cada texto.
Explicar que a linguagem do poema é uma linguagem que precisa ser desvendada, é mais subjetiva, nem sempre clara, já que é comum o poeta falar das coisas de um modo diferente.
-Verificar com os alunos a relação estabelecida entre o título que escolheram e o poema.
-Perguntar o que os motivou no momento da escolha do título apontando elementos do poema.
Poemas sugeridos para o trabalho:
(Título-Dois e dois são quatro)
_________________

(Ferreira Gullar)
Como dois e dois são quatro
sei que a vida vale a pena
embora o pão seja caro
e a liberdade pequena

Como teus olhos são claros
e a tua pele, morena

como é azul o oceano
e a lagoa, serena

como um tempo de alegria
por trás do terror me acena

e a noite carrega o dia
no seu colo de açucena

– sei que dois e dois são quatro
sei que a vida vale a pena

mesmo que o pão seja caro
e a liberdade, pequena.

(Título-Vento vadio)
_________________

(Chacal)
Às vezes vem um vento
e levanta a aba do pensamento
jogando o meu chapéu
pra lá da possibilidade.

AULA 05
OBJETIVO: Produzir um poema de acordo com a estrutura desse gênero expressando-se por meio da linguagem poética.
-Para esta atividade, poderá ser usado o poema de Chacal, utilizado anteriormente, para que se explore a linguagem poética, buscando-se estabelecer as relações entre os termos utilizados para estabelecer as possíveis relações de sentido.
-É importante ouvir o que os alunos disserem entender sem questionar suas respostas, pois um poema abre inúmeras possibilidades de entendimento. O importante é que o aluno não se distancie totalmente do texto.
ATIVIDADE:
-Após esse momento, os alunos receberão uma pequena história em quadrinhos contendo somente linguagem não-verbal e, a partir dela, deverão escrever seu poema.
-Explicar que o poema pode ter rima ou não para que não os alunos não se sintam presos a uma única possibilidade.
-O professor recolherá as produções para um trabalho posterior.
História para o trabalho:
A menina e o cachorro.
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Fonte: http://sitededicas.ne10.uol.com.br/csc1_p4.htm

AULA 06
OBJETIVO: identificação do gênero poema como forma de expressão através da  linguagem poética. Analisar os textos produzidos quanto a estrutura, o sentido e a ortografia.
-Trabalhar questões ortográficas, pois os textos serão expostos na sala de aula e, a não ser que seja intenção do poeta (no caso, o aluno) o uso da linguagem informal, os mesmos serão escritos em linguagem formal.
- Respeitar as escolhas dos alunos e sempre perguntar de que outra forma a palavra X poderia ser reescrita respeitando as escolhas e o propósito comunicativo do aluno/autor. 
-Dois textos pré-selecionados: um da aula 03 e um da aula 05 serão utilizados em atividade de  reescrita coletiva.
-O professor pode criar uma chave de correção para trabalhar a reescrita.
-Pedir a opinião de todos para reescritura dos textos.
-Exposição dos mesmos no mural da classe.
-Em seguida será proposta uma outra produção:  cada aluno produzirá um convite para sua família convidando-a a participar de um sarau de poesias.
-Explicar antes o que é um sarau.
-Ativação do conhecimento prévio: vocês já receberam um convite oral (pergunte falado) ou por escrito? Que elementos foram mais importantes para que você fosse ao evento (aniversário, festa...) para o qual foi convidado? 
-Os alunos deverão, junto com o professor, pensar o horário, a data e, principalmente as poesias que serão lidas, inclusive, as poesias dos alunos devem fazer parte da lista.
-Decidir quem vai ler que poesias para ir treinando a leitura expressiva.
Bom sarau!



BIOGRAFIAS
Poeta fluminense
Cecília Meireles

7/11/1901, Rio de Janeiro (RJ)
9/11/1964, Rio de Janeiro (RJ)


"Eu canto porque o instante existe/ E a minha vida está completa/ Não sou alegre, nem sou triste:/ - Sou poeta." Esses versos, a primeira estrofe do poema "Motivo", são bastante significativos sobre a concepção de vida e de arte que manifestou Cecília Meireles.
Filha de Carlos Alberto de Carvalho Meireles, funcionário do Banco do Brasil, e de D. Matilde Benevides Meireles, professora municipal, Cecília Benevides de Carvalho Meireles foi a única sobrevivente dos quatros filhos do casal.

O pai faleceu três meses antes do seu nascimento e sua mãe quando ainda não tinha três anos. Desse modo, foi criada por sua avó, Jacinta Garcia Benevides.
Concluiu o curso primário em 1910, na Escola Estácio de Sá, ocasião em que recebeu de Olavo Bilac, Inspetor Escolar do Rio de Janeiro, medalha de ouro por ter feito todo o curso com "distinção e louvor". Diplomou-se no Curso Normal, em 1917, passou a exercer o magistério primário em escolas oficiais do antigo Distrito Federal.
Dois anos depois, em 1919, publicou seu primeiro livro de poesias, "Espectros". Seguiram-se "Nunca mais... e Poema dos Poemas", em 1923, e "Baladas para El-Rei, em 1925. Nesse meio tempo, casou-se, em 1922, com o pintor português Fernando Correia Dias, com quem tem três filhas: Maria Elvira, Maria Mathilde e Maria Fernanda, que se tornou uma atriz teatral consagrada.
De 1930 a 1931, manteve no "Diário de Notícias" uma página diária sobre problemas de educação. Em 1934, organizou a primeira biblioteca infantil do Rio de Janeiro, ao dirigir o Centro Infantil, que funcionou durante quatro anos no antigo Pavilhão Mourisco, no bairro de Botafogo.
Seu primeiro marido suicidou-se em 1935. Neste mesmo ano e até 1938, passou a lecionar literatura luso-brasileira e técnica e crítica literária, na Universidade do Distrito Federal (hoje UFRJ). Colaborou, ainda, ativamente, de 1936 a 1938, no jornal "A Manhã" e na revista "Observador Econômico". Em 1940, casou-se com o professor e engenheiro agrônomo Heitor Vinícius da Silveira Grilo.
O Prêmio de Poesia Olavo Bilac, que recebeu da Academia Brasileira de Letras, pelo seu livro "Viagem", em 1939, foi o primeiro reconhecimento da alta qualidade de sua obra poética. De fato, Cecília Meirelles ocupa lugar de destaque entre a chamada Segunda geração do modernismo brasileiro.
Aposentou-se em 1951 como diretora de escola, porém continuou a trabalhar, como produtora e redatora de programas culturais, na Rádio Ministério da Educação, no Rio de Janeiro (RJ). Da mesma forma, manteve-se ativa e viajou por diversos países do mundo, ministrando conferências sobre poesia e literatura brasileira. Recebeu diversas honrarias, como a Ordem de Mérito do Chile, e o título de Doutora Honoris Causa da Universidade de Nova Delhi, na Índia.
Recebeu o Prêmio de Tradução/Teatro, concedido pela Associação Paulista de Críticos de Arte, em 1962 e, no ano seguinte, ganhou o Prêmio Jabuti de Tradução de Obra Literária, pelo livro "Poemas de Israel", concedido pela Câmara Brasileira do Livro. No ano de sua morte, recebeu ainda o Jabuti de poesia pelo livro "Solombra", e, postumamente, em 1965, o Prêmio Machado de Assis, da Academia Brasileira de Letras, pelo conjunto de sua obra.
Sua poesia foi traduzida para o espanhol, francês, italiano, inglês, alemão, húngaro, hindi e urdu, e musicada por Alceu Bocchino, Luis Cosme, Letícia Figueiredo, Ênio Freitas, Camargo Guarnieri, Francisco Mingnone, Lamartine Babo, Bacharat, Norman Frazer, Ernest Widma e Fagner.



José Paulo Paes
O poeta José Paulo Paes nasceu na cidade de Taquaritinga, em São Paulo, no dia 22 de julho de 1926. Posteriormente, além da poesia, ele se dedicaria à tradução, à crítica literária e à produção de ensaios. Seu avô, que o iniciou no universo da literatura, era livreiro, e o pai era caixeiro-viajante.

Tentando ingressar no curso de Química Industrial, ele parte para Curitiba, depois de fracassar na tentativa de entrar no Mackenzie. Graduado, ele começa a trabalhar no ramo farmacêutico, mas não deixa de lado o ofício literário herdado do avô. No Paraná, ainda na época da faculdade, ele se une a artistas, principalmente a escritores, os quais se reuniam no Café Belas-Artes, localizado diante da livraria Ghignone. Aí ele conhece o poeta Glauco Flores de Sá Brito, o escritor de contos e crítico cinematográfico Samuel Guimarães da Costa, o crítico de arte Eduardo Rocha Virmond e o pintor Carlos Scliar.

Ele se integra igualmente ao grupo que freqüentava a livraria Ghignone, no mesmo período em que publica seus textos no veículo Joaquim, dirigido pelo escritor Dalton Trevisan, revista muito atuante na década de 40. Dessa passagem pelo Paraná desabrocha seu primeiro livro, O Aluno, lançado em 1947, no qual foi intensamente inspirado por Carlos Drummond de Andrade, a tal ponto que o poeta lhe sugeriu não reproduzir o estilo de outros escritores.

Ao se mudar para São Paulo, onde começa a escrever como colaborador para os veículos Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, O Tempo, Jornal de Notícias e Revista Brasiliense, mas ainda atuando como químico, ele trava amizade com Graciliano Ramos, Jorge Amado e Oswald de Andrade. Aí ele também encontra Dora, sua futura esposa, a quem ele oferece seu segundo livro, Cúmplices, editado em 1951, no qual ele acha seu próprio caminho.

Ao ser analisada, esta obra é associada analogicamente ao trabalho produzido pelos poetas da Geração de 45. Neste mesmo período ele integra uma antologia poética ao lado de Haroldo de Campos e Décio Pignatari, ícones deste movimento, conhecidos como ‘Novíssimos’, pouco antes do nascimento da poesia concreta, escola da qual participariam intensamente, com total proveito para José Paulo, que demonstra os frutos desta vivência em sua obra Anatomias, que vem a público em 1967, com apresentação justamente de Augusto de Campos. Curiosamente, porém, este livro revela mais vínculos com o tom poético de Oswald de Andrade, do que com os ecos do concretismo.

O poeta deixa definitivamente seu trabalho como químico em meados de 1963, abraçando daí em diante com paixão o mercado editorial na Editora Cultrix. Ao lado de Massaud Moisés ele organizou o Pequeno Dicionário de Literatura Brasileira, lançado em 1967 pela Cultrix. Ao se aposentar, em 1981, ele passa a se dedicar às traduções de escritores gregos, dinamarqueses, italianos, americanos e ingleses. Ele traduziu autores do porte de Charles Dickens, Joseph Conrad, Konstantínos Kaváfis, Laurence Sterne, W. H. Auden, William Carlos Williams, Paul Éluard, Hölderlin, Paladas de Alexandria, Edward Lear, Rilke, Lewis Carroll, Ovídio, Níkos Kazantzákis, entre outros.

Tamanha era sua perícia e seu talento na versão para o português de escritores de outras línguas, que ele foi designado Diretor da oficina de tradução de poesia no Instituto de Estudos da Linguagem (IEL) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Em meados da década de 80 ele edita sua célebre obra Um por todos, uma compilação de todos os seus textos, introduzido pelo crítico literário Alfredo Bosi. Nesta época o poeta também descobre seu prazer em escrever para o público infantil.

José Paulo edita, em 1989, sua obra A poesia está morta mas eu juro que não fui eu, através da coleção Claro Enigma, dirigida por Augusto Massi. Nos anos 90 ele segue em seu ofício literário, publicando vários ensaios, poemas escritos para crianças, traduções e poesias. No livro Prosas seguidas de odes mínimas, ele sublima um período doloroso de sua existência, quando sua perna esquerda é amputada. O poeta morre em 1998, em São Paulo, sem publicar em vida sua obra Socráticas, lançado postumamente em 2001.

Poeta brasileiro
Manuel Bandeira

19/4/1886 Recife (PE)
13/10/1968, Rio de Janeiro (RJ)

Manuel Bandeira foi um precursor do Modernismo, além de um dos maiores poetas brasileiros

O recifense Manuel Carneiro de Souza Bandeira Filho mudou-se ainda jovem para o Rio de Janeiro. Em 1903, transferiu-se para São Paulo, onde iniciou o curso de engenharia na Escola Politécnica. No ano seguinte, abandonou os estudos por causa da tuberculose e retornou para o Rio, onde escreveu poesia e prosa, fez crítica literária e deu aulas na Faculdade Nacional de Filosofia. Por causa da doença, passou longos períodos em estações climáticas no Brasil e na Europa. Entre 1916 e 1920, perdeu a mãe, a irmã e o pai.

Em 1917, publicou "A Cinza das Horas", de nítida influência parnasiana e simbolista. Dois anos depois, lançou "Carnaval", fazendo uso do verso livre. Já se mostrava um dos precursores da linha modernista, e Mário de Andrade o chamaria de "São João Batista do modernismo brasileiro". Apesar disso, em 1922, por não concordar com a intensidade dos ataques feitos aos parnasianos e simbolistas, não participou diretamente da Semana de Arte Moderna (nem sequer viajou para São Paulo).

No entanto, seu poema "Os Sapos", lido por Ronald de Carvalho na segunda noite do acontecimento, provocou muitas reações. Nele, Bandeira se vale mais uma vez do verso livre, principal característica de sua obra:

"Enfunando os papos,/ Saem da penumbra,/ Aos pulos, os sapos./ A luz os deslumbra./ Em ronco que aterra,/ Berra o sapo-boi:/ 'Meu pai foi à guerra!'/ 'Não foi!' - 'Foi!' - 'Não foi!'"

Com "O Ritmo Dissoluto" (1924) e "Libertinagem" (1930), temos um poeta totalmente integrado no espírito modernista. "Libertinagem" apresenta alguns poemas fundamentais para entender a poesia de Bandeira: "Vou-me embora pra Pasárgada", "Poética", "Evocação do Recife" e outros. Aparecem ali seus grandes temas: a família, a morte, a infância no Recife, os indivíduos que compõem as camadas mais baixas da sociedade.

Apesar dos amigos e das reuniões na Academia Brasileira de Letras (para a qual foi eleito em 1940), Bandeira viveu solitariamente. Mesmo sendo um apaixonado pelas mulheres, nunca casou: dizia que "perdeu a vez".

Morreu aos 82 anos, de parada cardíaca e não de tuberculose, a doença que o acompanhara durante parte tão grande de sua vida.

sábado, 14 de abril de 2012

Projeto Água-Produção Textual

PROJETO ÁGUA - PRODUÇÃO DE TEXTO 
ALUNOS: 6º ANO
CONTEÚDO: CARTAZ NOSSO DE CADA DIA
OBJETIVO: Registrar uma ideia por meio do texto verbal e não-verbal.
ESTRATÉGIA:
* Ativação do conhecimento prévio por meio de Cartaz da Turma da Mônica (que pode ser projetado por meio de data-show);

Disponível em: http://www.google.com.br/imgres?
* Estudo da frase que inicia inicia o cartaz "Água...que falta faz!". Lançar questionamentos aos alunos: O que está escrito? O que a  frase quer dizer? Há diferenças entre as letras? São do mesmo tamanho? Por que será que a palavra água tem um tamanho maior que as outras palavras? (O tamanho está relacionado às escolhas gráficas intencionais em destacar a palavra água, pois é este o elemento central do cartaz).
*Lançar aos alunos alguns questionamentos como: Que elementos compõem a imagem?; O que ela nos sugere?; O que a cor marrom poderia significar?; E a azul?; O que a fisionomia das personagens transmitem?
* A partir do estudo que os alunos fizeram da parte verbal e da parte não-verbal do cartaz agora é a vez de expressar oralmente a mensagem que o texto transmite.
* Lançar o seguinte questionamento: Qual a importância da água em nossa vida?
* Colocar para os alunos o vídeo "Turma da Mônica-Economizar água" (Disponível em:  http://www.youtube.com/watch?feature=endscreen&NR=1&v=BVU4C8bG4Ro)
*Discussão/reflexão acerca do vídeo.
* Solicitar que produzam um desenho  e uma frase que possam mostrar a importância da água em nossas vidas  e a necessidade de preservação e/ou economia da água. (Comunicar que suas produções serão utilizadas para a montagem de um vídeo a ser apresentado a toda a escola no dia da culminância do projeto,assim saberão o propósito da produção e para quem estão produzindo).
 Obs.: Para evitar a perda dos desenhos dos alunos, peça que escrevam as frases em uma folha à parte para que possam ser revisadas antes de se juntarem aos desenhos.
AVALIAÇÃO: Realização da atividade atendendo ao que foi solicitado.

VEJA O VÍDEO COM AS PRODUÇÕES DOS ALUNOS DO 6º ANO "A". FICOU UMA GRAÇA!


A música que acompanha o vídeo e que foi cantada pelas crianças está logo abaixo:

Água! Vamos Economizar!
Turma da Mônica

Economizar água!
Sabendo usar não vai faltar
água em nenhum lugar.
Economizar água!
Água é pra se usar
mas sem exagerar.

Economizar água é bom!
Não deixe a torneira pingando,
senão a água pode acabar.
Se é fácil abrir a torneira,
é muito mais fácil fechar.
Você que lava calçada
e gosta de cantar no banheiro,
a água é desperdiçada,
acaba e custa muito dinheiro.

Por isso, é preciso:
Economizar água!
Sabendo usar não vai faltar
água em nenhum lugar.
Economizar água!
Água é pra se usar
mas sem exagerar.

Economizar água! (5x)
Economizar água é bom! 







sexta-feira, 13 de abril de 2012

Plano de aula - Intertextualidade

AULA I
ALUNOS: 6º ANO
CONTEÚDO: INTERTEXTUALIDADE – UM RECURSO CRIATIVO
OBJETIVO: Compreender a intertextualidade (paródia) como recurso expressivo criativo; produzir paródias.
ESTRATÉGIAS:
Ativação do conhecimento prévio (pode-se perguntar aos alunos se lembram de já ter lido ou escutado  um texto que lembre outro texto; se em anúncios já perceberam um diálogo entre textos ou mesmo na fala cotidiana, em músicas...).
Após ouvir a todos, apresentar o comercial animado de Assolan (vídeo abaixo) que estabelece um diálogo com a música “Rebolation”, do grupo Parangolé. Pedir que observem os elementos visuais presentes no comercial (o Assolan, as Assoletes, as cores, os objetos...), de que forma o comercial se aproveitou da música, se transmite a mesma ideia, se tem a mesma intenção.
Dividir os alunos em grupos e distribuir para estes textos que dialogam entre si sob a forma de paródia  e junto destes inclua o texto parodiado; solicitar que leiam e organizem os textos de acordo com as marcas que os aproximem: título semelhante ou igual, trechos de textos semelhantes...
Observar o período (século) em que cada texto foi escrito e identificar o que foi escrito primeiro e que serviu de base para os demais, ou seja, identificar o texto parodiado.
Explicar a diferença entre paródia e plágio.
Pedir que identifiquem se as ideias dos textos parodiados são iguais ou diferentes dos textos/paródias apresentando argumentos que se pautem nos textos;
Conceituando paródia.
Escrever uma paródia com base no poema “No meio do caminho”, de Carlos Drummond de Andrade.
Apresentação/leitura.
AVALIAÇÃO: Participação nas atividades propostas. (No caso da produção, a turma é que irá avaliar se o texto produzido atende ao que foi solicitado justificando as respostas).
VÍDEO PARA O TRABALHO 

                          Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=4XBrufHUmvE

AULA II
ALUNOS: 6º ANO
CONTEÚDO: INTERTEXTUALIDADE NO ANÚNCIO E NA PINTURA.
OBJETIVO: Refletir sobre as escolhas linguísticas no ato da produção; identificar marcas de intertextualidade em anúncios e pinturas.
  ESTRATÉGIAS:
Memória da aula anterior;
Releitura de alguns poemas/paródias produzidos pelos alunos e pedir que justiquem suas escolhas linguísticas; Discussão no grupão;
Ativação do conhecimento prévio (pode-se perguntar aos alunos se lembram de já ter lido ou escutado alguém ler um texto que lembre outro texto; se em anúncios já perceberam um diálogo entre textos ou mesmo na fala cotidiana, em músicas...).
Após ouvir a todos, apresentação de anúncios/paródias para que identifiquem o texto que lhe serviu de base (Chamar a atenção dos alunos para a criatividade da marca Hortifruti em suas campanhas publicitária e esclareça que todos os textos basearam-se em textos já existentes). Ajude-os a chegarem aos textos originais. Se é que terão dificuldades!
Perguntar aos alunos se o recurso paródia é válido para o anúncio e com que objetivo o autor construiu o seu texto.
Pedir que identifiquem se as ideias dos textos parodiados são iguais ou diferentes dos textos/paródias apresentando argumentos que se pautem nos textos;
* Mostrar aos alunos quadros criados por Maurício de Sousa inspirados em quadros famosos e compará-los. 
Distribuir para os alunos o anúncio da hortifruti  com os dizeres “Descobri que morango é demais!”(abaixo, disponível em  http://www.hortifruti.com.br/campanhas/ritmos.html ) para que identifiquem marcas de outro texto e identifiquem se a ideia do texto para estudo é igual ou diferente do texto parodiado (disponibilizar a canção parodiada e se possível coloque para o aluno escutar).

Apresentação/leitura.
AVALIAÇÂO: Envolvimento na atividade solicitada e se atende ao que foi solicitado.

 (Seguem abaixo sugestões dos textos para o trabalho em grupo. Os mesmos devem ser embaralhados e entregues aos alunos para procederem à análise. Mais abaixo os textos/anúncios).

Meus oito anos

Oh! Que saudade que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais
Que amor, que sonhos, que flores
Naquelas tardes fagueiras
À sombra das bananeiras
Debaixo dos laranjais!

[...]
(Casimiro de Abreu)
Obs.: Escrito no séc. XIX

"Meus oito anos"

Oh! Que saudade que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais
Naquele quintal de terra
Da rua São Antonio
Debaixo da bananeira
Sem nenhum laranjais!

[...]
(Oswald de Andrade)
Obs.: Escrito no séc. XX

CANÇÃO DO EXÍLIO

Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.
Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.
Em cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar – sozinho, à noite – Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem que ainda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
(Composta em 1843 pelo maranhense Gonçalves Dias quando este estudava Direito em Coimbra)

Uma canção.

Minha terra não tem palmeiras …
E em vez de um mero sabiá,
Cantam aves invisíveis
Nas palmeiras que não há.
Minha terra tem refúgios,
Cada qual com a sua hora
Nos mais diversos instantes …
Mas onde o instante de agora?
Mas a palavra “onde”?
Terra ingrata, ingrato filho,
Sob os céus de minha terra
Eu canto a Canção do Exílio.
(Mário Quintana, 1906-1994)

Outra Canção do Exílio

Minha terra tem Palmeiras,
Corinthians e outros times
de copas exuberantes
que ocultam muitos crimes.
As aves que aqui revoam
são corvos do nunca mais,
a povoar nossa noite
com duros olhos de açoite
que os anos esquecem jamais.

Em cismar sozinho, ao relento,
sob um céu poluído, sem estrelas,
nenhum prazer tenho eu cá;
porque me lembro do tempo
em que livre na campina
pulsava meu coração, voava,
como livre sabiá; ciscando
nas capoeiras, cantando
nos matagais, onde hoje a morte
tem mais flores, nossa vida
mais terrores, noturnos,
de mil suores fatais.

Minha terra tem primores,
requintes de boçalidade,
que fazem da mocidade
um delírio amordaçado:
acrobacia impossível
de saltimbanco esquizóide,
equilibrado no risível sonho
de grandeza que se esgarça e rompe,
roído pelo matreiro cupim da safadeza.

Minha terra tem encantos
de recantos naturais,
praias de areias monazíticas,
subsolos minerais
que se vão e não voltam mais.

(...)
In: COSTA, Eduardo Alves da. No caminho, com Maiakóvski. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1985. (Poesia brasileira). Poema integrante da série Salamargo.

ANÚNCIOS PARA TRABALHAR NA AULA II


 





 


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Bom trabalho!